T
alvez você me pergunte se pode não haver nenhuma “pessoa”. Eu vou responder que sim, pode, quanto mais distante e desatenta estiver, pode não haver nenhuma “pessoa”. O psicólogo é um especialista em perceber, entre outras coisas, isso.
E se estivéssemos sofrendo, e não existisse um estudo ou profissional que se dedicasse a esse estudo, e pessoas passariam pelos mais diversos sofrimentos emocionais e mentais, sozinhas?
Se fosse assim, se não tivesse ninguém, nem um psicólogo para auxiliar nesse processo, eu diria para que serve o psicólogo, então?
N
ão serviria para nada, não tem função nenhuma, quando falta o elemento central dos quebra-cabeças, a pessoa. Alguém pode perguntar, mesmo que haja só o propósito do trabalho, você acha que ali não há nenhuma pessoa? .
Eu respondo: Quando há uma “pessoa” por trás dos papeis que ela ocupa, sendo ela “pessoa”, ela reconhece as próprias limitações, por exemplo. E não economiza esforços em prestar apoio, auxiliar, mesmo que precise ser firme. Veja hoje (2025) o índice de afastamentos, por que você acha que isso ocorre?
Eu respondo: Faltam pessoas! E não é uma questão de ter ali um profissional, porque também ele é uma pessoa, e pode estar cega, querendo enxergar técnicas, e deixando de lado o essencial, a pessoa.
Poucos sabem, mas a psicologia e a psicanálise são profissões em que o profissional precisa ter acompanhamento e supervisão psicológica, necessita disso porque lida com pessoas.
Com base nessa reflexão pessoal, espero ter deixado isso mais claro para você, cliente. Psicólogo para quem? Em primeiro lugar, para a sua pessoa. Em segundo lugar, para ouvir a “pessoa” que se senta em sua frente.